1 - Daniel
O ônibus chegou na rodoviária. Rafael esperava seu primo Daniel que chegara de viagem. Daniel passaria as férias na casa de Rafael durante alguns meses. Daniel morava em Campinas e Rafael morava em Caraguatatuba.
Daniel desceu do ônibus e cumprimentou Rafael com muita alegria. Fazia anos que não se encontravam.
Rafael levou Daniel até sua casa. Lá, conversaram, brincaram e se divertiam bastante. Iam à praia, ao cinema, ao teatro, aos bailes e conheciam pessoas.
Rafael apresentou para Daniel uma menina loira, de olhos azuis: a Vera. Daniel achou a Vera muito bonita e passou a gostar dela. Só que não dizia nada para seu primo, o Rafael.
Rafael tinha uma namorada que era justamente a Vera.
Daniel sabia que sua amada era namorada de seu primo. Isso o deixava triste porque, por mais que tentasse, não conseguia deixar de amá-la. Ele até pensava em fazer a Vera trair seu primo, mas será que ela gostava dele?! O pior é que gostava, até demais.
Um dia, Daniel saiu de casa para comprar pão e leite numa padaria perto de uma praça. Lá estava a Vera. Só que Rafael tinha saído com o pai e só voltaria mais tarde. Daniel aproveitou a oportunidade e se aproximou de Vera. Ela estava um pouco distraída e quase morreu de susto. Só não morreu porque não era a hora de morrer. Eles conversaram um bom tempo, até que Daniel se declarou para ela. Ela, “meio sem jeito”, disse que também gostava dele, e revelou que só namorava o Rafael para ele parar de ser chato com ela, pois ele vivia “enchendo o saco” dela e para acabar com isso ela aceitou namorar com ele.
Eles ficaram um olhando para o outro e, de repente, deram um beijo na boca. Mas não foi um “beijo-relâmpago”; foi um beijo demorado. Sem eles perceberem, Rafael se aproximou e ficou observando-os. Quando eles acabaram de se beijar, viram Rafael olhando com cara de “não-sei-o-quê”! Ele disse que, ao chegar em casa, sua mãe pediu para que fosse procurar o Daniel, pois ele tinha saído para comprar pão há meia-hora atrás e não havia voltado! Daniel e Vera ficaram sem saber o que falar, com cara de “não fizemos nada”! Rafael disse que os dois iriam pagar muito caro e saiu andando depressa em direção à sua casa. Daniel foi atrás, tentando dizer que foi sem querer, que não tinham a intenção de fazer isso. Mas Rafael não aceitava as desculpas.
Chegaram na casa como marido e mulher brigados. Depois de conversar com Susana, mãe de Rafael, Rafael entrou no quarto. Daniel contou o que Vera havia dito e tentou ganhar razões. Mas, como toda mãe, Susana apoiava o filho. Daniel, decidido, telefonou para Campinas e pediu para que o pai fosse buscá-lo urgente.
No dia seguinte, Rogério e Carla, pais de Daniel chegaram em Caraguá. Daniel arrumou as malas e mochilas. Depois de conversarem durante bom tempo, saíram de Caraguatatuba, em direção à Campinas. No meio da estrada, a roda dianteira soltou dos parafusos e foi para fora do carro, provocando um gravíssimo acidente. Eles estavam perto de São Paulo, quando tudo aconteceu. Foram, então, levados para um hospital paulistano: o Albert Einstein, no Morumbi. Foi um acidente tão grave que Carla acabou morrendo. Só Rogério e Daniel sobreviveram. Mas tiveram que passar vários dias no hospital. Quem teria provocado o acidente?!
2 – Débora
Daniel desceu do ônibus e cumprimentou Rafael com muita alegria. Fazia anos que não se encontravam.
Rafael levou Daniel até sua casa. Lá, conversaram, brincaram e se divertiam bastante. Iam à praia, ao cinema, ao teatro, aos bailes e conheciam pessoas.
Rafael apresentou para Daniel uma menina loira, de olhos azuis: a Vera. Daniel achou a Vera muito bonita e passou a gostar dela. Só que não dizia nada para seu primo, o Rafael.
Rafael tinha uma namorada que era justamente a Vera.
Daniel sabia que sua amada era namorada de seu primo. Isso o deixava triste porque, por mais que tentasse, não conseguia deixar de amá-la. Ele até pensava em fazer a Vera trair seu primo, mas será que ela gostava dele?! O pior é que gostava, até demais.
Um dia, Daniel saiu de casa para comprar pão e leite numa padaria perto de uma praça. Lá estava a Vera. Só que Rafael tinha saído com o pai e só voltaria mais tarde. Daniel aproveitou a oportunidade e se aproximou de Vera. Ela estava um pouco distraída e quase morreu de susto. Só não morreu porque não era a hora de morrer. Eles conversaram um bom tempo, até que Daniel se declarou para ela. Ela, “meio sem jeito”, disse que também gostava dele, e revelou que só namorava o Rafael para ele parar de ser chato com ela, pois ele vivia “enchendo o saco” dela e para acabar com isso ela aceitou namorar com ele.
Eles ficaram um olhando para o outro e, de repente, deram um beijo na boca. Mas não foi um “beijo-relâmpago”; foi um beijo demorado. Sem eles perceberem, Rafael se aproximou e ficou observando-os. Quando eles acabaram de se beijar, viram Rafael olhando com cara de “não-sei-o-quê”! Ele disse que, ao chegar em casa, sua mãe pediu para que fosse procurar o Daniel, pois ele tinha saído para comprar pão há meia-hora atrás e não havia voltado! Daniel e Vera ficaram sem saber o que falar, com cara de “não fizemos nada”! Rafael disse que os dois iriam pagar muito caro e saiu andando depressa em direção à sua casa. Daniel foi atrás, tentando dizer que foi sem querer, que não tinham a intenção de fazer isso. Mas Rafael não aceitava as desculpas.
Chegaram na casa como marido e mulher brigados. Depois de conversar com Susana, mãe de Rafael, Rafael entrou no quarto. Daniel contou o que Vera havia dito e tentou ganhar razões. Mas, como toda mãe, Susana apoiava o filho. Daniel, decidido, telefonou para Campinas e pediu para que o pai fosse buscá-lo urgente.
No dia seguinte, Rogério e Carla, pais de Daniel chegaram em Caraguá. Daniel arrumou as malas e mochilas. Depois de conversarem durante bom tempo, saíram de Caraguatatuba, em direção à Campinas. No meio da estrada, a roda dianteira soltou dos parafusos e foi para fora do carro, provocando um gravíssimo acidente. Eles estavam perto de São Paulo, quando tudo aconteceu. Foram, então, levados para um hospital paulistano: o Albert Einstein, no Morumbi. Foi um acidente tão grave que Carla acabou morrendo. Só Rogério e Daniel sobreviveram. Mas tiveram que passar vários dias no hospital. Quem teria provocado o acidente?!
2 – Débora
Débora era o nome de uma adolescente que passava suas férias em Campinas. Ela morava em Ribeirão Preto. Estava na casa de uma tia, a Rosana, irmã de sua mãe, a dona Gabriela. Débora já tinha conhecido várias pessoas. Sua mãe dizia que não era para ficar com um grupinho na qual estava Vítor, filho de uma mulher inimiga de Gabriela.
Quando Gabriela tinha dezesseis anos, mais ou menos, ela arranjou um namorado. Mas essa mulher fez com que o namorado de Rosana a traísse. Até hoje, Gabriela tem raiva dessa mulher e não queria que Débora ficasse junto com Vítor. Mas, sem Gabriela saber, Débora conheceu Vítor, gostou dele e passaram a se encontrar. Vítor também gostava dela. Começaram a namorar escondidos, mesmo com a proibição de Gabriela.
Para azar de ambos, numa noite em que estava num “esfrega-esfrega” enorme, apareceu uma pessoa que, para Débora, era apenas um desconhecido que morava naquela viela. Só que era um conhecido, ou melhor, uma conhecida. Era uma vizinha da tia da Débora, que contou tudo o que viu para Gabriela e Rosana. Gabriela, ouvindo aquilo, ficou com imensa raiva da filha, mas como não tinha prova suficiente, resolveu voltar para Ribeirão Preto, onde, lá, não teria nenhum Vítor para “esquentar a cabeça”.
Já ia “fazendo as malas” quando um carro parado chamou sua atenção. Ou melhor, o dono do carro! Ela era viúva e não perdia oportunidades. Quem seria o dono do carro?! Isso mesmo: Rogério!
3 – Daniel e Débora
Quando Gabriela tinha dezesseis anos, mais ou menos, ela arranjou um namorado. Mas essa mulher fez com que o namorado de Rosana a traísse. Até hoje, Gabriela tem raiva dessa mulher e não queria que Débora ficasse junto com Vítor. Mas, sem Gabriela saber, Débora conheceu Vítor, gostou dele e passaram a se encontrar. Vítor também gostava dela. Começaram a namorar escondidos, mesmo com a proibição de Gabriela.
Para azar de ambos, numa noite em que estava num “esfrega-esfrega” enorme, apareceu uma pessoa que, para Débora, era apenas um desconhecido que morava naquela viela. Só que era um conhecido, ou melhor, uma conhecida. Era uma vizinha da tia da Débora, que contou tudo o que viu para Gabriela e Rosana. Gabriela, ouvindo aquilo, ficou com imensa raiva da filha, mas como não tinha prova suficiente, resolveu voltar para Ribeirão Preto, onde, lá, não teria nenhum Vítor para “esquentar a cabeça”.
Já ia “fazendo as malas” quando um carro parado chamou sua atenção. Ou melhor, o dono do carro! Ela era viúva e não perdia oportunidades. Quem seria o dono do carro?! Isso mesmo: Rogério!
3 – Daniel e Débora
Rogério e Daniel já tinham recebido alta do hospital. Rogério, ao sair do carro, olhou para a janela da casa da Rosana; eis que ali estava uma loiraça, que aparentava ter trinta anos, mais ou menos. Ele, que acabara de ser viúvo e tinha trinta e um anos, não poderia perder por nada no mundo aquela mulher da janela da casa vizinha. Daniel saiu com o braço esquerdo enfaixado. Foi quando olhou para a casa da Rosana e viu Débora. Ela deu um sorriso, que foi correspondido. Daniel e Rogério estavam na casa, quando tocou a campainha. Era Débora. Daniel foi atendê-la e acabou indo lá na calçada. Logo Rogério saiu e foi perguntar se não tinha acontecido nada de anormal durante os dias que estava ausente. Contou sobre a morte de sua mulher, a Carla, e conheceu Gabriela. Os dois, viúvos, não perderiam a chance por nada. Mal Rosana saiu do quarto, os dois começaram o “esfrega-esfrega”! Daniel também não poderia perder a chance. Ele, com quinze anos e Débora, também com quinze, acabaram num “esfrega daqui-esfrega de lá” que “até Deus duvidava”!
Gabriela resolveu, então, morar em Campinas. Pediu para que alguns irmãos de Ribeirão Preto trouxessem as coisas que tinham ficado lá. Só não trouxeram os móveis porque os que estavam na casa de Rogério, estavam “novinhos em folha”!
Hoje, Daniel e Débora têm vinte e cinco anos. Como nada dura para sempre, seus pais morreram num acidente numa estrada! Mas, em compensação, eles ganharam filhos. Foi um casal, que nasceram na mesma hora, no mesmo mês, no mesmo ano, no mesmo minuto: eram gêmeos. Vocês precisam ver! São umas gracinhas! Parecem um par de vasos. Cada um tem cinco anos. Hoje moram em Peruíbe. São felizes, como quase todos casais que se amam!
PS: Rosana ainda mora em Campinas; Vítor: foi para a Bahia, com a mãe; Susana: morreu de ataque cardíaco; Rafael: foi preso. Por quê?! Pois foi ele quem provocou o acidente que matou Carla!
Gabriela resolveu, então, morar em Campinas. Pediu para que alguns irmãos de Ribeirão Preto trouxessem as coisas que tinham ficado lá. Só não trouxeram os móveis porque os que estavam na casa de Rogério, estavam “novinhos em folha”!
Hoje, Daniel e Débora têm vinte e cinco anos. Como nada dura para sempre, seus pais morreram num acidente numa estrada! Mas, em compensação, eles ganharam filhos. Foi um casal, que nasceram na mesma hora, no mesmo mês, no mesmo ano, no mesmo minuto: eram gêmeos. Vocês precisam ver! São umas gracinhas! Parecem um par de vasos. Cada um tem cinco anos. Hoje moram em Peruíbe. São felizes, como quase todos casais que se amam!
PS: Rosana ainda mora em Campinas; Vítor: foi para a Bahia, com a mãe; Susana: morreu de ataque cardíaco; Rafael: foi preso. Por quê?! Pois foi ele quem provocou o acidente que matou Carla!
Termos usados no texto:
1. Rafael apresentou, para... : o verbo apresentar significa dar a conhecer uma ou mais pessoa(s) a outra(s);
2. Ela, meio sem jeito,... : significa sem maneira para dizer, tímida;
3. ... pois ele vivia enchendo o saco dela... : significa fazer com que ela perca a paciência, tornando-se uma pessoa chata;
4. ... um beijo relâmpago,... : é um beijo que nem parece que foi dado. Um beijo que dura somente um segundo;
5. ... com cara de não-sei-o-quê...: com uma expressão no rosto que não sei com o que se parece;
6. hospital paulistano: hospital da cidade de São Paulo;
7. ... estavam num esfrega-esfrega... : estavam se abraçando de forma que um corpo esfregasse no outro;
8. ... para esquentar a cabeça.: não iria mais atrapalhar, tirar a paciência;
9. Já ia fazendo as malas... : colocando as roupas dentro das malas;
10. estavam novinhos em folha: acabaram de ser fabricados;
11. PS (post-scritpum ou pós escrito): quando o autor faz uma referência ou comentário após ter concluído o texto ou o livro.
1. Rafael apresentou, para... : o verbo apresentar significa dar a conhecer uma ou mais pessoa(s) a outra(s);
2. Ela, meio sem jeito,... : significa sem maneira para dizer, tímida;
3. ... pois ele vivia enchendo o saco dela... : significa fazer com que ela perca a paciência, tornando-se uma pessoa chata;
4. ... um beijo relâmpago,... : é um beijo que nem parece que foi dado. Um beijo que dura somente um segundo;
5. ... com cara de não-sei-o-quê...: com uma expressão no rosto que não sei com o que se parece;
6. hospital paulistano: hospital da cidade de São Paulo;
7. ... estavam num esfrega-esfrega... : estavam se abraçando de forma que um corpo esfregasse no outro;
8. ... para esquentar a cabeça.: não iria mais atrapalhar, tirar a paciência;
9. Já ia fazendo as malas... : colocando as roupas dentro das malas;
10. estavam novinhos em folha: acabaram de ser fabricados;
11. PS (post-scritpum ou pós escrito): quando o autor faz uma referência ou comentário após ter concluído o texto ou o livro.
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