4. MY LIFE

Já eram cerca de 5:00 hs da tarde. Embora a festa estava muito boa, dona Teresa precisava ir embora para sua chácara com Carlos, pois da chácara de João, onde acontecia a festa, até a de Teresa, demorava cerca de 30 min a pé. Antônio, marido de dona Teresa, havia saído às 3:00 hs para sua chácara, pois precisava colher as laranjas de sua laranjeira que já estavam maduras.

A festa era devido ao aniversário de Francisco, o Chiquinho, filho de seu João. Dona Teresa despediu-se e saiu, rumo à sua chácara. Teria de chegar cedo para preparar o jantar, pois Antonio jantava cedo. Mas, enquanto iam pelo caminho, Teresa e Carlos sentiram uma dor forte em seus peitos. Júlio, que estava com eles pois morava quase perto da chácara deles, disse, brincando, que parecia que alguém sofreu alguma coisa e quem sentiu a dor foram eles! Teresa e Carlos chegaram em casa. Não viram Antonio. Pensaram, então, que ele estivesse dormindo.

Enquanto Carlos assistia TV, Teresa preparava o jantar. Deu 7:00 hs e Antonio não aparecia para jantar. Carlos foi ver se ele estava no quarto e não viu ninguém lá. Dona Teresa pensou que ele estivesse no bar com amigos e disse que 9:00 hs o procuraria lá.

Júlio, quando chegou em casa, viu seu tio dormindo. Tomou um banho, comeu uma fruta e foi dormir também. Às 9:00 hs a campainha tocou. Júlio foi ver quem era. Lá estava Teresa e Carlos. Eles pediram que José, tio de Júlio, os acompanhasse até o bar pois Antonio ainda não havia aparecido. Sem nenhuma vontade, José e Júlio acompanharam Teresa e Carlos até o bar. Chegando lá, não viram ninguém. Eram 9:30hs.

José achou melhor que fossem os quatro para a casa de dona Teresa. Chegando lá, Júlio perguntou se eles não tinham procurado no quintal. Talvez estivesse passando mal, disse Júlio. José achou ótima a idéia. Embora já eram 10:00 hs, era só usar lanternas. Dona Teresa tinha duas lanternas. José disse que iriam se dividir. Ele e Teresa iriam por um lado e Júlio e Carlos por outro.

José acendeu a lanterna. Começaram a procurar. Carlos acendeu a lanterna bem na cara de seu pai. Ele estava caído no chão. Não como uma pessoa dormindo pois ele estava morto! Carlos começou a gritar, Teresa desmaiou, José saiu à procura dum telefone e Júlio sentou-se num banco e lembrou o dia que o seu pai morreu, quando começou a gritar e queria correr para perto de seu pai, mas os policiais não permitiam. O mesmo estava acontecendo com seu melhor amigo.
Logo, a chácara de dona Teresa estava cheia de policiais e vizinhos. Antonio tinha três filhos: o Carlos, a Cristina, que morava num bairro próximo, e a Carol, cujo marido era policia. Carol e seu marido, o Alexandre, chegaram logo na chácara. Carol chorava feito louca, enquanto Alexandre e outros policias pediam para que as pessoas se afastassem.

O pior foi para avisar Cristina, ou Cris, como era chamada pelo seu marido, o Bruno. José telefonou para sua casa, e quem atendeu foi Bruno. Depois de dizer o ocorrido, José desligou. Cris perguntou o que havia acontecido e Bruno, que estava traumatisadíssimo, respondeu que o pai dela havia morrido, sem antes prepará-la para esta (infeliz) notícia. Cris começou a gritar e logo desmaiou. Bruno, percebendo o que havia feito, tentou acalmá-la. Logo chegaram algumas vizinhas que foram cuidar de Cris. Bruno foi para a casa de dona Teresa.Carlos e sua mãe haviam sido levados para o quarto, que estava cheio de familiares. No outro dia, houve o enterro. Teresa resolveu mudar da chácara e a vendeu para uma família. Nessa família havia uma moça que começou a namorar com Júlio. Carlos e Teresa mudaram para a casa de Carol, em Curitiba. Todos vivem muito felizes, mesmo sem a presença dum ente muito querido: Antonio.

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