6. AS VÍTIMAS

Chegou a hora da festa. Juliana não via a hora de sua melhor amiga, Rosana, chegar para, juntas, irem à uma festa na casa de um primo de Juliana, o Daniel, que ela não via há muito tempo. Logo Rosana chegou. As duas saíram logo. Juliana disse para a Rosana que, numa foto que Daniel mandara, ele era muito bonito.

Fernando, primo de Daniel, mas não de Juliana, gostava da Juliana. Mas ela não gostava dele. Onde ela ia, ele ia também. Por azar, ele estava na festa!

Juliana chegou e cumprimentou Daniel. Após apresentar a ele sua amiga, Juliana foi para o jardim. Logo, apareceu um menino com a mesma roupa do Daniel. Estava muito escuro e ela, sem saber quem era, o beijou. Ela reparou que ele estava usando uma corrente no pescoço. Ela pensava que seu primo a tinha beijado. Por esse motivo passou a amá-lo. Só que Rosana também amava Daniel e Daniel amava Rosana. Mas Rosana não sabia que Juliana gostava de Daniel, nem Juliana sabia do amor de Rosana por Daniel. Daniel pediu para Fernando o número do telefone de Rosana para que eles pudessem marcar encontros, conversar, etc.

Juliana gostava de fazer poemas. Por esse motivo, Rosana pediu para que ela fizesse uns poemas para dar ao namorado. Sem saber para que era, Juliana os fazia. Daniel os achava lindos, pensando que a autora fosse Rosana.

Todos, com exceção de Daniel, estudavam na mesma escola, a EEPSG “República do Uruguai”. Nesta escola tinha um laboratório. Juliana e Rosana marcaram um encontro lá. Juliana chegou primeiro. Estava muito escuro. Quando ia acender uma luz, alguém abriu a porta. Ela percebeu que não era sua amiga e por isso abaixou-se. Viu que essa pessoa foi até uma mesa, pegou um saquinho e se retirou. Juliana acendeu a luz fraca e foi ver o saquinho. Lá estava escrito: cianureto. Logo, chegou Rosana e elas começaram a conversar.

No dia seguinte, Juliana não queria entra na sala-de-aula. Fernando apareceu. Juliana começou a maltratá-lo, dizendo para ele que não a amolasse, para que sumisse da vida dela. De repente, chega a inspetora Conceição. Ela mandou que eles entrassem na sala. Já que não obedeciam, ela levou-os para a diretoria. Só que a porta estava trancada. Conceição pegou a chave e abriu. Eles levaram um susto. A diretora Rosemeire estava caída no chão e a vice-diretora Roselli estava ao lado dela, chorando igual à uma condenada. Ela disse que, quando chegou, viu a diretora caída no chão. Logo, viu que alguém trancou a porta. Ao perceber que a diretora havia morrido, começou a chorar. Mas Juliana não acreditou naquela história. E, para completar, viu um papel de bombom no chão e, na lata de lixo, um pouco de pó num saquinho. Ela sabia que aquilo era cianureto. Mas não tinha visto quem entrara no laboratório. Que chance ela perdera! Juliana e Fernando suspeitavam de Roselli. Logo, a professora Dalva chegou com o detetive José para as investigações. Uma coisa era certa: Rosemeire havia sido envenenada.

Juliana foi para casa, muito abalada. No outro dia, nem foi para a escola. Preferiu ia ao shopping. Fernando foi com ela. Juliana e Fernando entraram no shopping conversando sobre o assassinato da diretora. Ela disse que, talvez, o assassino da diretora fosse a vice-diretora. Compraram algumas coisas e saíram. Mas alguém os cercou. Era a inspetora Conceição. Ela disse para Juliana e Fernando que, se descobrissem quem era o assassino, e dissesse à policia, elas os mataria. Mas a inspetora saiu, Juliana olhou para a cara de Fernando e disse que, agora, suspeita da inspetora. Poderia ser ela que deu o bombom e trancou a Roselli com a diretora na diretoria.
Chegou em casa. De repente, o telefone tocou. Era seu primo Daniel. Ela recitou para ele alguns poemas e se declarou. Ele achou estranho ela saber “de cor e salteado” os poemas que recebeu de Rosana. Ele disse que iria na casa dela. Foi só ela desligar o telefone, a professora Dalva e o detetive José tocaram a campainha. Eles entraram, conversaram bastante tempo e, antes de sair, a professora Dalva deixou alguns bombons que estavam embrulhados com o mesmo papel que o bombom que matou a diretora. Mesmo cismada, Juliana pegou um e comeu. Não aconteceu nada. Então, pegou outro. Ele estava envenenado! Quando Daniel chegou, viu sua prima caída no chão. Ele chamou uma ambulância que a levou para um hospital, onde foi medicada. Ela só estava desacordada, mas envenenada. Logo, ela recebeu alta.

No dia seguinte, Juliana se encontrou com Fernando no pátio da escola. Ela disse o que havia acontecido na noite do dia anterior e que suspeitava, agora, da professora Dalva. Fernando pediu para que Juliana olhasse para a cantina. Na porta da mesma, estava a inspetora com uma expressão no rosto horrível, que dava medo. Sem pensar duas vezes, os dois entraram na sala-de-aula. No recreio, sentiram um cheiro forte sair da sala dos professores. Espiaram pelo vitrô e viram a professora Eurides caída em cima da mesa e, no chão, o mesmo bombom que Rosemeire e Juliana haviam recebido! Começaram a gritar que a professora Eurides estava morta. Abriram a porta da sala dos professores. Logo a sala estava cheia de professores e alunos. Ao perguntar sobre o detetive José, a professora Dalva disse que o dispensou, pois ele a estava assediando!

Todos os alunos foram dispensados. Juliana e Fernando começaram a relembrar os fatos, ou melhor, o fato. Não podia ser a vice-diretora Roselli, pois ela não havia ido para a escola naquele dia. Nem a inspetora Conceição, pois ela havia sido dispensada antes da primeira aula, e a professora Eurides deu aula para eles na segunda aula! Não podia ser, também, a professora Dalva, pois esta estava na sala deles desde a primeira aula até o recreio, ajudando-os a fazer um trabalho. Quem seria?! Só sabiam que quem quis matar Juliana, havia matado Rosemeire e Eurides!

Cada um foi para sua casa. Quando Juliana chegou, preparou um lanche. A campainha tocou. Era Daniel. Ela o convidou para entrar. Ele perguntou como ela sabia os poemas que recebeu de Rosana. Então ela percebeu que o namorado de Rosana era o menino que amava. Daniel disse que não gostava dela. Ela, então, perguntou porque ele havia dado um beijo nela. Ele disse que nunca a beijou e que já estava mudando com Rosana para Santos. Juliana o expulsou. Foi dormir com uma dor de cabeça imensa.

No outro dia, Juliana foi para a escola sem nenhuma vontade. Encontrou Fernando que disse-lhe que a inspetora Graça, a servente Gízia e outra inspetora, a Neusa, haviam sido envenenadas por cianureto. A polícia encontrou três papéis de bombons, iguais aos anteriores. Quase que Juliana desmaiou. Com certeza, o assassino era o mesmo. Mas como descobrir quem era?!

A escola foi fechada. Juliana foi para casa. A sua vida “azul”, como ela falava, se tornar a num pesadelo. Não sabia mais o que fazer. Cinco assassinatos! Que bela detetive ela era! Só estava enraivecendo o assassino. Tanto que quase foi assassinada!
Logo, a noite chegou. Trouxe junto o sono. Juliana dormiu. Acordou de repente. Eram nove horas. Logo chegou a hora de ir para a escola. Chegando na escola, Fernando veio ao seu encontro chorando. A professora Lílian havia sido assassinada! E o pior é que com o bombom! Será que ela não sabia dos assassinatos?!
A escola resolveu ficar de luto por uma semana. De repente, Juliana encontra uma bolsa. Abriu-a. Dentro, tinha um bombom igual os outros e um pouco de cianureto. Sem perceber, alguém puxou Juliana por trás. Era a professora Nilze. Sem ela saber, Fernando chamou os policiais, que a prenderam no mesmo instante.
Na delegacia Nilze disse que fez aquilo por vários motivos: matou a diretora por inveja dela, pois ela é quem pretendia tomar esse cargo, mesmo sabendo que quem seria a diretora era a vice-diretora. Mas, tornando-se vice, poderia matar a nova diretora e virar diretora; quis matar Juliana para que ela não descobrisse nada. Mandou que Conceição a ameaçasse para que ninguém suspeitasse dela. Mandou, também, que Dalva desse os bombons para Juliana para que colocassem culpa na professora Dalva; matou a professora Eurides pois tinha brigado com ela pois pensava que ela roubara suas jóias. Depois as encontrou debaixo do travesseiro!; matou a inspetora Graça e a servente Gízia pois estas a maltrataram; matou a inspetora Neusa por ciúmes, pois esta casara com um homem que era o amor dela; matou a professora Lílian, pois esta fez com que seu marido a traísse.
Após o depoimento, Nilze foi presa. Não precisava de advogados ou promotor! Ela mesmo se condenou. A delegacia estava cheia de repórteres, alunos e outros professores. Juliana e Fernando pediram desculpas para Dalva, Conceição e Roselli, pois haviam duvidado das palavras delas. Nilze contou, também, que contratou o detetive para que atraísse a Dalva e ficasse mais fácil eliminá-la!
Depois de toda esta confusão, que demorou cerca de duas horas, Juliana foi para sua casa acompanhada de Fernando. Ela preparou um café quentinho e os dois tomaram. Sem querer, olhou para o pescoço de Fernando e viu uma correntinha. Ela perguntou se foi ele quem a beijou. Ele confirmou que era e disse que não falava com medo de “levar um fora”! Ela começou a rir e pulou em cima dele. Começaram a beijar. Aquela aventura acabou muito bem. Mas ainda tinham muito que lutar!

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